Gissely Martins
Há alguns anos a audiência dos telejornais já não é mais tão concentrada. Novos meios de transmitir informação ganharam espaço, mudando assim, a maneira de se levar a notícia até a sociedade. Editores, produtores e repórteres vêm buscando diferentes maneiras para trazer esse público novamente para perto da TV?
Márcio Venício: Sim, o que se observa de alguns anos pra cá é essa preocupação dos veículos com a audiência. Meu trabalho hoje é voltado mais do que nunca com audiência qualificada. Muitas vezes pesa a diferença de pontuação de uma emissora pra outra e isso afeta também a credibilidade do telejornal. Não adianta fugir, o bom jornal é aquele que vende melhor. Empresa voltada pra comunicação é a que tem audiência, hoje tudo depende muito disso.
Os telejornais veículados por volta do meio-dia possuem um público bastante diversificado. Existe algum grupo de pessoas em específico que sempre é considerado na hora de se fazer uma reportagem?
Márcio: Claro. No próprio Jornal Anhanguera 1° Edição há uma atenção muito grande voltada para mulher. Elas tem assistido mais jornal do que o homem. Não faço uma pauta pensando no que vale ou não a pena mostrar e sim em quem está assistindo aquele telejornal e tem interesse naquele conteúdo.
Os jovens têm na internet uma maneira mais próxima e interativa de buscar informações. O telejornal tem alguma preocupação em especial com este público?
Márcio: Eles tem uma participação efetiva no JA 1ª Edição. Lá, temos um quadro que se chama “perfil jovem”, totalmente voltado para eles. Os temas são relacionados as suas necessidades como o desejo de ter seu primeiro carro, como tirar a carteira de motorista, e ate o comportamento destes jovens nas ruas. Com uma abordagem mais próxima fica evidente que você consegue segurar o público em termos de audiência.
A audiência, em geral, do telejornal também passou a ser repensada?
Márcio: Há necessidade de se trabalhar com reportagens voltadas ao interesse de um público mais amplo. Indo diretamente ao encontro das necessidades de moradores dos bairros mais afastados. Assim esse público vai se sentir mais identificado com seu programa gerando audiência e exercendo inclusive o chamado jornalismo comunitário.
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